Eduardo Correia, actual associado Nº1 do clube, Pedro Araújo, filho de D. Jane que muito influenciou muitos dos jovens da época, para o desfrutar da Natureza, o apreciar o Pôr-do-Sol, as caminhadas, enfim o salutar convívio com a casa às costas.
Em 25 de Junho de 1953, endereçaram à Federação Portuguesa de Campismo um pedido de informação dos quesitos a satisfazer para se federarem.
De entre essas duas dezenas de associados de da novel agremiação que viu a luz da ribalta, a 8 de Agosto de 1953 e teve como primeira designação Núcleo Campista Labor, seis deles se destacaram desde logo: Eduardo Correia, António Pinto, Alberto Ribas, Fernando Ribas, Joaquim da Costa Leite e Simões Ventura. Estes Sanjoanenses eram já praticantes de campismo se bem que de forma isolada e a relação que vieram a travar com o Grandim Rocha, motivou a ideia de o fazerem de forma associada.
Após a oficialização junto da Federação Portuguesa de Campismo, obtiveram a protecção oficial do Ministério da Educação Nacional e passaram a adquirir as Cartas Campistas para os associados.
Nesse tempo, 1953, a Carta Campista era a identificação do praticante (como agora), dava permissão ao seu possuidor a acampar nas matas florestais do Estado e nas praias da orla marítima, dava ainda a garantia de um seguro contra incêndios que se provocassem em propriedade alheia, até um capital de 100 contos (500€).
Entre as primeiras acções do primitivo Núcleo Campista Labor, contam-se várias saídas por agrupamentos ao Caima, acampar em Vila do Conde (onde estiveram 8 dias) e colectivamente tomaram parte no IIIº Acampamento do Distrito de Aveiro (Eixo), uma organização do “Galitos”.
Acampamentos na Serra da Freita, exploração das nascentes do rio Caima, caminhadas em noites de luar à Srª. Do Salto, acampamentos na Quinta da Costeira em Carregosa, à serra da Boa viagem em Buarcos, o Souto do rio em Águeda e outros locais onde a amizade e a entreajuda se transformaram em verdadeiro culto, foram digressões que marcaram a todos pelo lado positivo e pela diferença de vivências que hoje e sempre apetece recordar.
A 1ª Direcção do Clube em 1953/54 era constituída por:
Presidente | António Augusto Grandin Sobral Rocha |
Vice-Presidente | Eduardo da Cunha Correia |
Tesoureiro | Fernando Dias Ribas |
1º Aux. Tesoureiro | Aurélio dos Santos Leite Júnior |
2º Aux. Tesoureiro | João dos Santos Leite |
Secretário | Fernando Pinho Simões Ventura |
1º Aux. Secretário | Alberto Dias Ribas |
2º Aux. Secretário | António Pinto de Oliveira Júnior |
Em 31 de Janeiro de 1967 e dando cumprimento a Despacho do Sub-Secretário de Estado da Juventude e Desportos, é publicado no Diário do Governo, III Série, que normalizou a constituição e existência de “Núcleos” no país, foi fundado o ”Clube de Campismo Labor” por fusão dos Núcleos “Campista Labor”, “Juvenil”, “Os Cucos” e “Laborânea”, na data, existentes em S. João da Madeira.
Em Março de 1967, foi a sua designação alterada para Clube de Campismo de S. João da Madeira (também designado pela sigla CCSJM), denominação que mantém até agora.
Curiosidades
Das muitas actividades organizadas e levadas a efeito ao longo do seu Historial pelo CCSJM, destacam-se:
O Cinema e Fotografia é da sua responsabilidade entre 1980 e 1981 o “Levantamento Etnográfico e Antropológico na Serra da Freita” que serviu de base à Produção do filme intitulado “SILVEIRAS”, retalhos do quotidiano de uma aldeia Beirã e que contou com a colaboração da população residente na aldeia com este nome. Este filme arrebatou alguns prémios em certames de cinema.
A Secção de Xadrez, organizou o 34ºCampeonato Nacional Individual de Xadrez em 1978, que contou com a nata do xadrez em Portugal. No seu melhor teve alguns Campeões Distritais e Nacionais.
A Secção de Montanha Organizou, em 2002 a Marcha Nacional de Veteranos e ao longo do seu historial participou em provas de”Marcha e Estrada”, organizadas em Espanha em especial nos Pirinéus. Esta Secção manteve em actividade uma escola de Escalada, ministrou cursos de Orientação diurna e nocturna e procedimentos comportamentais em alta montanha. Como marco histórico da Secção é de realçar a escalada, em Marrocos, do “Pico Toubkal 4165mts”. De 8 a 11 de Abril de 1993, organizamos o IX Encontro Peninsular de Montanha.
A Secção de Atletismo é talvez aquela que maiores êxitos desportivos alcançou ao longo da sua vida. Organizou várias provas de carácter regional e nacional, sendo de salientar o Campeonato Nacional de Marcha Atlética em 2003. No seu palmarés contam vitórias em Campeonatos Nacionais e Distritais, assim como Campeões Distritais e Nacionais Absolutos.
A publicação de “O Pirilampo”, fundado em Junho de 1969, com o empenho de entre muitos, do companheiro, Alberto Tavares. È dirigido desde 7 de Março de 1981 por uma Secção Redactorial.
Foi com a organização do “XI Acampamento Nacional” que decorreu de 9 a 13 de Junho de 1977 que foi inaugurado o Parque de Campismo do Furadouro, tendo registado a presença de 92 Clubes de todo o País e de 2477 participantes.
No biénio 1979/80, o companheiro Alberto Tavares, sócio nº2, foi o primeiro associado do nosso Clube a ser eleito para os Órgãos de Gestão da Federação Portuguesa de Campismo, passando fazer parte do Conselho Jurisdicional. No biénio 1985/86, o companheiro Manuel Correia, foi eleito para o Secretariado Nacional para as Actividades de Montanha, desempenhando as funções até 1987. Para o mesmo Secretariado foi eleito em 1992, o nosso consócio luís Coelho. Fizeram também parte, dos Órgãos de Gestão da Federação de Campismo, os companheiros Aurélio Ferreira Albuquerque, como membro da Direcção e o companheiro Serafim Resende, como 1º Secretário da Mesa da Assembleia Geral.
No dia 22 de Março de 1999, o nosso Clube tomou a concessão da exploração do Parque de Campismo do Merujal, sito em plena Serra da Freita, após concurso público levado a efeito pela Câmara Municipal de Arouca. Em Janeiro de 2003, por acordo entre a Direcção do Clube e a referida Câmara Municipal, deu-se por fim ao referido acordo de exploração, devido às deficientes condições existentes no referido Parque para uma exploração e animação mais de acordo com os nossos objectivos e porque a necessidade urgente de obras não foi possível de concretizar.
Presidentes de 1953 a 2004
1953/55 | António Augusto Gradin Rocha |
1953/55 | Eduardo da Cunha Correia |
1956/57 | Arnaldo da Silva Gomes |
1958 | Emídio Augusto Oliveira Costa |
1959 | |
1960/61 | Alberto Mendes Tavares |
1962/63 | António José Beselga |
1964/65 | Arnaldo Silva Gomes |
1966 | |
1967/68 | Eduardo Gomes Dias Bastos |
1969/70 | |
1971/72 | João Alberto Queirós da Silva |
1973/74 | João Alberto Queirós da Silva |
1975/76 | Alberto Mendes Tavares |
1977/78 | Aurélio Ferreira Albuquerque |
1979/80 | Pedro Martins Palmares |
1981/82 | João Augusto Cantiga Esteves |
1983/84 | Pedro Martins Palmares |
1985 | João Alberto Queirós da Silva |
1986 | José Manuel Alves Correia Costa |
1986/87/88 | Pedro Martins Palmares
António Luís Silva José Manuel Alves Correia Costa Paulo Victoriano da Costa Pinho Jorge Manuel da Silva Reis |
1989/90 | |
1991/1992 | |
1993/94 | |
1995/96 | Aurélio Ferreira Albuquerque |
1997/98 | José Serafim Moreira de Resende |
1999/00 | Aurélio Morais Ribeiro |
2001/02 | |
2003/04 | José António dos Santos Martins |